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Camila Elias

A Escolha das Angiospermas

Atualizado: 29 de abr. de 2020




Em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos

William Shakespeare (Inglês - 1564 - 1616)




Classificada no domínio Eukarya e compondo o reino Plantae ou Metaphyta (Metáfita) Angiospermas são as plantas mais abundantes no planeta, devido ao processo de polinização, e apresentam a maior diversidade de espécies.


Ocorrem nos mais variados tipos de habitats, desde ambientes aquáticos até áridos. Podem viver no solo, na água ou sobre outras plantas, em alguns casos como parasitas e em outros casos como inquilinas. Elas possuem uma grande diversidade em forma e tamanho, desde árvores com mais de 100 metros de altura até plantas aquáticas com poucos milímetros de comprimento.


Exemplos: a roseira, a mangueira, o arrozeiro, o feijoeiro, os lírios, as orquídeas, o coqueiro, magnolia e diversas outras. Este grupo também inclui ervas, gramas, arbustos, trepadeiras e cipós




Características das angiospermas


As angiospermas caracterizam-se pela presença de flores e dos frutos que envolvem a semente.


Pertencente ao grupo das plantas vasculares - com vasos condutores de seiva: traqueófitas.

Já as plantas traqueófitas (vasculares) são divididas em: plantas sem sementes (Criptógamas) e plantas com sementes (Espermatófitas)

Podemos dividir as plantas Espermatófitas em: Plantas com semente nua:  Gimnospermas

e


Plantas com flores e frutos Anthophyta, que são as Angiospermas




Estrutura


As plantas angiospermas são as mais complexas da natureza. Por isso, elas apresentam diversas estruturas.


Raiz, Folhas e Caule



As angiospermas apresentam diversos tipos de raízes, como pivotantes, fasciculadas, tuberosas, tubulares, pneumatóforos e sugadoras.


As folhas estão envolvidas com os processos de fotossíntese, respiração e transpiração. As plantas angiospermas apresentam folhas com diversos formatos e tamanhos.


Os principais tipos de caules aéreos são: tronco lenhoso (árvores), haste (herbáceas), estipe (palmeiras), colmo (bambu) e suculento (cactos).



Flores


A flor é considerada a estrutura reprodutiva da planta.


FLOR



As flores são formadas por folhas modificadas e especializadas. Elas são compostas por quatro tipos de estruturas: sépalas, pétalas, estames e carpelos.


  • Sépalas: Normalmente de coloração verde, localizam-se abaixo das pétalas. Elas protegem a flor imatura, envolvendo-a e formando o botão floral. Em conjunto formam o cálice.


  • Pétalas: Porção colorida com a função de atrair os polinizadores. Apresentam cores variadas. Em conjunto formam a corola.

Assim, a corola é o conjunto de pétalas de uma flor, ao passo que o cálice é o conjunto de sépalas. Ambas são folhas modificadas que têm função de proteção, além de serem responsáveis pela atração dos agentes polinizadores na maioria das plantas.


  • Estame: Estrutura masculina da flor. Apresenta uma porção alongada, o filete e uma porção terminal, a antera. A antera apresenta quatro sacos polínicos, os microsporângios, onde são produzidos os grãos de pólen. O conjunto forma o androceu (que significa “casa do homem”)


  • Carpelo: Estrutura feminina da flor. É formado pelo estigma e ovário. O estigma é local que recebe o grão de pólen e no ovário encontram-se um ou mais óvulos. Cada óvulo contém um megasporângio. Uma flor pode ter mais de um carpelo, separados ou fundidos. Quando estão fundidos formam o pistilo. Todas as estruturas do carpelo formam o gineceu (que significa “casa da mulher”)


As flores podem ter um ou mais carpelos, que formam uma estrutura designada pistilo, que é composta por três partes: o estigma, o qual recebe o pólen; o estilete, uma parte intermediária, na qual o tubo polínico cresce; e o ovário, o qual contém os óvulos e, dentro destes, o gameta feminino (oosfera).


Caso a espécie apresente uma flor com ambos os órgãos sexuais masculinos e femininos é chamada de monoica ou hermafrodita. Se os estames e os carpelos são encontrados em plantas separadas, a espécie é denominada dioica.



Frutos


O fruto é uma estrutura exclusiva das angiospermas. É uma porção carnosa que desenvolve-se a partir do ovário, após a fecundação.


Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário das flores após o processo de fecundação. Eles são importantes para o sucesso desse grupo de plantas, uma vez que atuam protegendo a semente e auxiliam na dispersão dessas estruturas.


Todas as partes do fruto são derivadas da flor. O fruto é resultado do desenvolvimento do ovário e a semente do desenvolvimento do óvulo depois da fecundação. Por isso, se um fruto apresenta uma semente é porque o ovário tinha apenas um óvulo. E se o ovário tiver mais de um óvulo, o fruto terá mais de uma semente.



FRUTO






REPRODUÇÃO



O ciclo inicia com a polinização, no momento em que ocorre a transferência do pólen produzido na antera para o estigma. No saco embrionário (Gametófito feminino maduro), são encontradas geralmente sete células, as quais possuem oito núcleos. Essas sete células são a oosfera (gameta feminino), duas sinérgides, três antípodas e uma célula central com dois núcleos.


O grão de pólen, ao chegar no estigma da flor, germina e produz o tubo polínico, que cresce pelo estilete até chegar no ovário, penetra no óvulo pela micrópila (abertura do óvulo) e encontra o saco embrionário.


Quando ocorrer a fecundação os dois gametas masculinos atuarão (dupla fecundação). Um une-se à oosfera, produzindo o embrião, e o outro une-se aos dois núcleos polares, formando o endosperma, uma estrutura triploide. Esse endosperma fornecerá nutrientes ao embrião durante o desenvolvimento.


O embrião desenvolve-se e os tegumentos do óvulo originam os envoltórios da semente. O ovário da flor, então, desenvolve-se em fruto. Caso a semente encontre um local adequado para a sua germinação, ela originará um novo indivíduo (esporófito).




Ciclo de vida das Angiospermas









Classificação das angiospermas



A classificação das angiospermas está em constante mudança. Atualmente, costuma-se classificar as angiospermas em monocotiledôneas, eudicotiledôneas, magnolídeas e um grupo com plantas denominado de “angiospermas basais”. Os maiores grupos de angiospermas são as monocotiledôneas e as eudicotiledôneas.


Outra classificação, adotada pelos Ilustres professores de Biologia, Amabis e Martho, adotam a classificação em três grupos: as monocotiledôneas (23% da espécie), as eudicotiledôneas (cerca de 75% da espécie) e as dicotiledôneas basais ( 2 % da espécie). Tal classificação baseia-se no número de cotilédones. Os cotilédones são folhas embrionárias modificadas, responsáveis pelo transferência de nutrientes para as plantas, durante os estágios iniciais de seu desenvolvimento. As duas primeiras são grupo monofiléticos, já as dicotiledôneas basais, não formam grupo monofilético, e ainda não foram estabelecidas as relações entre as espécies evolutivas.


As monocotiledôneas apresentam apenas um cotilédone na semente.


Exemplos: Cana-de-açúcar, alho, cebola, grama, arroz, trigo, aveia, milho, aspargo, abacaxi, bambu, gengibre e palmeiras em geral: coco-da-baía e babaçu.


As eudicotiledôneas apresentam dois cotilédones na semente.


Exemplos: Morango, maçã, feijão, ervilha, pera, goiaba, vitória-régia, eucalipto, abacate, rosa, morango, batata, mate, tomate, jacarandá, jabuticaba, algodão, cacau, limão, maracujá, cacto, mamona, mandioca, seringueira, café, abóbora e melancia.


As dicotiledôneas basais incluem representantes arbóreos até plantas aquáticas.


Exemplos: fruta-do-conde, magnólias, vitória-régia






HORA DE FIXAR A MATÉRIA



(UFPR) O evento que ocorre APENAS nas angiospermas é:

a) a fecundação dando origem a um zigoto diplóide.

b) a germinação do grão de pólen com formação do tubo polínico.

c) a presença de núcleos haplóides no interior do tubo polínico.

d) o desenvolvimento de um gametófito masculino partir do micrósporo.

e) a formação de um núcleo triplóideno interior do saco embrionário.


Gabaroto: E



(UNICAMP) Atualmente são conhecidas quase 350.000 espécies de plantas, das quais cerca de 250.000 são angiospermas. Isso indica o sucesso adaptativo desse grupo. Mencione três fatores que favoreceram esse sucesso.


Resposta:

Podemos citar alguns fatores que contribuíram com o sucesso evolutivo das angiospermas: independência da água para fecundação, graças à presença do grão de pólen e do tubo polínico; a presença do fruto, responsável por proteger a semente e o embrião, além de ajudar na dispersão das sementes; reservas nutritivas nas sementes, que garantem o início do desenvolvimento embrionário; flores coloridas e cheirosas, que atraem diversos animais que auxiliam na polinização.


A fecundação nas plantas angiospermas ocorre: a)na antera b)no estigma c)no estilete d)no ovário



(PUC RJ-2008) Em relação aos indivíduos do reino vegetal, pode-se afirmar que os(as):  a) briófitas não dependem diretamente da água para sua reprodução.  b) fungos são vegetais aclorofilados.  c) flores das pteridófitas são frutos modificados.  d) gimnospermas possuem flores e frutos verdadeiros.  e) frutos das angiospermas se originam a partir do desenvolvimento do ovário. Resposta: E  Após a fecundação, o ovário se transforma em fruto e os óvulos, em sementes.


(Mack-2008) Todas as plantas apresentam alternância de gerações, isto é, uma fase assexuada, seguida de uma sexuada. Nas Briófitas, a fase Gametofítica predomina sobre a fase Esporofítica. Nas demais plantas (Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas), a fase Esporofítica é a predominante sobre a Gametofítica. Células haplóides de uma Angiosperma podem ser observadas:  a) na parede do ovário e no grão-de-pólen.  b) no interior do óvulo e no grão-de-pólen.  c) no endosperma da semente e no tubo polínico.  d) no saco embrionário e na parede da antera.  e) no pistilo e no filete do estame. Resposta: B Nas angiospermas, são estruturas haploides: o saco embrionário encontrado no interior do óvulo e os núcleos do grão de pólen.



(FGV SP - 2009) Em algumas espécies de plantas, ocorre autoincompatibilidade entre o grão de pólen e o estigma da mesma flor. Esse mecanismo, geneticamente determinado, impede que nessas espécies ocorra a:  a) polinização.  b) partenogênese.  c) autofecundação.  d) fecundação interna.  e) fecundação cruzada. Resposta: C A maioria das flores das angiospermas é hermafrodita (apresenta androceu e gineceu), facilitando a autofecundação, contudo a autofecundação apresenta desvantagem para as espécies, impedindo a variabilidade de caracteres. Para impedir a autofecundação, as flores possuem adaptações que impedem o processo e facilitam a fecundação cruzada (entre flores diferentes).


(FUVEST-2010) Uma pessoa, ao encontrar uma semente, pode afirmar, com certeza, que dentro dela há o embrião de uma planta, a qual, na fase adulta,  a) forma flores, frutos e sementes.  b) forma sementes, mas não produz flores e frutos.  c) vive exclusivamente em ambiente terrestre.  d) necessita de água para o deslocamento dos gametas na fecundação.  e) tem tecidos especializados para condução de água e de seiva elaborada. Resposta: E Se há sementes, certamente, trata-se de uma espermatófita (gimnosperma/angiosperma). Assim, a planta pode ou não produzir frutos, o que elimina as opções A e B. Há representantes, principalmente, de angiospermas em ambiente aquático, o que elimina a opção C. Nesses grupos, o tubo polínico trouxe a independência da água para a reprodução (opção D incorreta). Todas as espermatófitas são traqueófitas, isto é, possuem vasos condutores de seiva.



Fontes:

AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia 2 - Biologia dos Organismos: 4ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2018

BOSCHILIA, C. Manual Compacto de Biologia: 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel, 2010








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