Porque se não dirigirmos nossos pensamentos, cairemos sob a influência daqueles que nos condicionariam para nos comportarmos como desejam
Anthony Robbins (Escritor - EUA - 1960)
Pertencente ao domínio Eucarya, o Reino Protoctista, que já fora chamado Protista, é bastante controverso. No blog apresentaremos a classificação bastante utilizada e adotada por Whittaker – 1969, (cinco reinos: Monera, Animalia, Fungi, Plantae e Protista) e pelos biólogos e professores, José Amabis e Gilberto Martho (2015) que apresentam mais duas formas de classificação. E no blog seguiremos com a classificação que aborda os reinos em seis (Bacteria, Arachea, Animalia, Fungi, Plantae e Protoctista; e em três domínios, Bacteria, Archea e Eucarya.
O Protoctista, que é um dos seis reinos dos seres vivos, agrupa organismos eucariontes (possuem um núcleo delimitado pela membrana nuclear), unicelulares, autótrofos (fotossintetizantes) e heterótrofos.
Os protoctistas são representados pelas algas, seres eucarióticos, unicelulares ou multicelulares, e autotróficos fotossitetizantes; pelos protozoários, seres eucarióticos, unicelulares e heterotróficos. Existem ainda os mixomicetos, organismos semelhantes aos fungos, os quais pertenciam aquele reino, são agora incluídos no reino Protoctista.
Origem
Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com cerca de 20 mil espécies. Foram os primeiros eucariontes a surgirem na Terra. É um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas unicelulares. Como exemplo temos a observação dessa origem no grupo de flagelados. Existe registro fóssil de protozoários com carapaças, que viveram há mais de 1,5 bilhão de anos, na Era Proterozoica. Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos. São as denominadas vasas.
Grupo polifilético
Pertencer ao grupo polifilético, significa dizer que os indivíduos do reino Protoctista descendem de ancestrais variados, ou seja, têm como descendentes ancentrais diversos. O que ocorre ao contrário dos demais Reinos, que possuem uma descendência em comum, pertencente ao grupo dos monofiléticos, os seus representantes descendem de um mesmo ancestral, ou seja, deveriam ter um ancestral em comum.
Os indivíduos desse grupo Protoctista têm em comum basicamente o fato de serem os primeiros eucariontes a surgirem na Terra.
Assim, podemos dizer que a classificação do reino Protoctista não é natural, o agrupamento dos indivíduos desse Reino é totalmente artificial.
Como exemplo, citamos alguns seres eucariontes que por não se encaixarem no outros Reinos, eles foram adicionados ao Protoctista. Fazendo com que esse grupo se tornasse polifilético.
ALGAS
As algas são organismos eucariontes, unicelulares ou multicelulares, clorofiladas, e autotróficas fotossintetizantes. Vivem em ambientes aquáticos, no mar, em água doce e em terra firme, sobre superfícies úmidas. As células das algas são compostas de cloroplastos, e estes contêm pigmentos (clorifilas, xantofilas, carotenos, etc). Grande parte das células das algas são compostas de parede celular, e muitas são compostas de celulose.
As algas são classificadas de forma simples e de acordo com o seu pigmento fotossintetizante, e também por conta da substância de reserva que está presente dentro das células das algas. A classificação das algas adotada pelos biólogos acima citados, são em oito filos: Chlorophyta, Phaeophyta, Rhodophyta, Phaeophyta, Bacillariophyta, Chrysophyta, Euglenophyta, Dinophyta e Charophyta.
CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS
Filo Chlorophyta
Clorófitas (clorofíceas) ou algas verdes – o pigmento verde da algas é devido as clorofilas a e b. Habitam em ambientes terrestres úmidos, como barranco, e troco de árvores e na superfície da neve, sendo que a maioria se apresenta no ambiente aquático, marinho e de água doce. Elas podem ser unicelulares ou multicelulares. Ainda apresenta outros pigmentos, como os carotenos e xantofilas, encontrados no interior dos plastos.
Essas algas armazenam amido, sendo este sua substancia de reserva energética, e sua parede celular contém celulose. A coloração desses organismos varia em diferentes tonalidades de verde.
Há registros que esse é o grupo de algas mais diversificado, com cerca de 17.000 espécies.
Algumas espécies de algas verdes se associam a fungos formando os liquens. Já outras, as zoocloreras, que vivem no interior de células dos animais Principalmente isso ocorre nos cnidários de água doce, como a hydra. O nome dessa associação é endossimbiose.
Filo Phaeophyta
Feófitas ou algas pardas – são abundantes no Brasil. Vivem no ambiente marinho e todas são multicelulares. Apresentando estruturas que lembram um pouco caules e folhas.
Possuem clorofila a e c e carotenoids, fucoxantinas e xantofilas. Armazenam óleos e a substância denominada laminarina. A parede celular contém, além de celulose, algina; e algumas espécies podem acumular, em suas paredes, carbonato de calico, o que lhes confere aspecto petrificado. A coloração desses organismos varia entre o bege-claro ao marrom-amarelado.
Seu tamanho pode variar de poucos centímetros a 60 metros. Na costa da América do Norte, existem as algas pardas gigantes chamada de kelps que formam florestas submerses e servem habitat para diversas espécies.
Filo Rhodophyta
Rodófitas ou algas vermelhas - são predominantemente marinhas e multicelulares. Possuem clorofila a e d, carotenoides, xantofilas, ficocianina, e um pigmento vermelho denominado ficoeritrina; e armazenam amido. Sua parede celular contém celulose, ágar e carragenina; podendo também acumular carbonato de cálcio. A coloração desses organismos varia entre o vermelho e o roxo escuro.
A principal diferença desse grupo com as demais algas multicelulares é que as algas vermelhas não apresentam células flageladas.
Dentre as principais espécies estão: Coralinas, Lamentárias, Delissérias, Porphyra e Gelidium
Filo Bacillariophyta
Diatomáceas - possuem parede celular forte (frústula ou carapaça) com compostos de sílica. Encontradas predominantemente em ambiente marinho, mas também habitando lagos de água doce. Elas possuem clorofila a e c e carotenos, fucoxantina e xantofilas. Armazenam óleos e sua parede celular contém dióxido de silício, formando uma carapaça: a frústula.
Não contém celulose, cílios e flagelos, é composta de duas válvulas que se encaixem e apresentavam diferente formas. São unicelulares e podem formar colônias. Delocação por deslizamento. Reprodução assexuada ou sexuada.
Graças aos óleos que armazenam, podem flutuar. A coloração desses organismos varia entre o dourado e o marrom-esverdeado.
São usadas na fabricação de cosméticos, filtros, etc.
Filo Crysophytas
Algas douradas - também chamadas de crisofíceas. São encontradas em água doce ou em ambiente marinho. A maioria são unicelulares; mas há espécies multicelulares. Tais organismos possuem clorofila a e c e carotenos, xantofilas e fucoxantina. Armazenam óleos e também uma substância chamada crisolaminarina, um polissacarídeo. Sua parede celular contém celulose, sendo que algumas espécies também apresentam dióxido de silício. A coloração desses organismos é marrom-amarelada com aspecto dourado.
Filo Euglenophytas
Euglenas: é o gênero mais representativo deste filo. São unicelulares, autotróficas ou heterotróficas e apresentam um ou dois flagelos, vivendo principalmente em água doce e ricos em material orgânicas. Poucas espécies habitam o ambiente marinho. Possuem clorofila a e b, que ocorrem também nas clorofíceas e em vegetais terrestres. A substância de reserva é o paramilo, um polissacarídeo derivado do amido. A parede celular está ausente. Possuem uma película flexível e resistente e, geralmente, dois flagelos; auxiliando na locomoção. A coloração é geralmente verde. A reprodução das euglenas é assexuada por divisão binária. Nesse grupo existem cerca de 900 espécies.
Apresenta uma organela chamada estigma com função fotorreceptora que as orienta em direção a luz. A maioria desses organismos possuem uma estrutura intracelular chamada de vacúolo contratil, que faz a eliminação periódica de água entra por osmose.
As euglenas têm hábitos oportunistas, pois na maior parte do tempo são autótrofas, porém, podem ter hábitos heterótrofos quando não há a presença de luz. Neste caso, classificamos este tipo de nutrição de mixotrófico (tanto heterótrofo quanto autótrofo).
Observa-se que em algumas classificações, as euglenas são considerados protozoários.
Filo Dinophyta
Dinoflagelados ou pirrófitas - seres unicelulares dotadas de dois flagelos. A maior parte dessas algas são encontradas em ambiente marinho e apenas poucas espécies vivem em água doce. Possuem clorofilas a e c e carotenos, peridinas e xantofilas. Armazenam amido e óleos. Sua parede celular contém celulose, e, em alguns casos, ela forma uma armadura, chamada lórica. Esta, por sua vez, pode conter sílica em sua composição.
Tais organismos também possuem dois flagelos, auxiliando sua locomoção, que é feita por meio de rodopios sobre seu próprio eixo. De modo que os flagelos fazem com que as células se desloquem girando como peões. A coloração é vermelha, brilhante. Nem todos os dinoflagelados possuem teca. É o caso do gênero Noctiluca, responsável pela bioluminescência observada nas águas superficiais do mar. Os dinoflagelados reproduzem-se assexuadamente por divisão binaria.
As algas dinoflageladas são responsáveis pela maré vermelha, um fenômeno natural que ocorre nas mares e ambientes de água doce. Nesse fenômeno, as algas se acumulam em grande quantidade (floração), produzindo uma mancha avermelhada na água.
Filo Charophyta
Carofíceas – carófitas - vivem em água doce. São multicelulares, possuem clorofila a e b, além de caroteno e xantofilas e armazenam amido. Sua parede celular contém celulose e, na maioria dos casos, também carbonato de cálcio. A coloração desses organismos varia entre o verde e o castanho-acizentado. São são semelhantes aos musgos, sendo popularmente conhecidas como musgos pétreos
Segue quadro comparativo das principais algas
FENÔMENO DA MARÉ VERMELHA
Conforme descrito acima, no item do Filo das dinoflagelados ou pirrófitas, ocorre o fenômeno da maré vermelha. Algumas espécies de dinoflagelados que ocasionam esse fenômeno.
Quando ocorre elevação da temperatura da água e as condições são muito favoráveis, com, por exemplo, abundância de nutrientes, as algas pirrofíceas ou dinoflagelados podem causar a maré vermelha.
A Maré Vermelha é um fenômeno natural ocasionado pela presença e proliferação de alguns tipos de algas tóxicas que se deslocam das partes menos superficiais dos mares e sobem à superfície, ocasionando manchas de coloração em tons avermelhados, até uma cor marrom, laranja, roxa e até amarelada no mar, as quais podem ser visualizadas em várias partes do mundo.
Esse fenômeno da Maré Vermelha é considerada como um problema ambiental, por conta dos elevados índices de toxinas presentes nas algas e que contaminam as águas dos mares. Também chamado de “floração de algas nocivas”, e a presença destas pode ocasionar problemas ao meio ambiente e mesmo à saúde humana. Desencadeia na morte de organismos aquáticos, como peixes e mamíferos, podendo ter efeito residual no corpo de moluscos e crustáceos e consequente intoxicação das pessoas que se alimentam desses organismos.
O que demonstra que as algas nem sempre são benéficas ao ser humano ou aos ecossistemas, sobretudo aos ambientes aquáticos.
Esse fenômeno é provocado pela liberação de toxinas na água, formando grandes manchas que podem ser avermelhadas. Quando a população de algas diminui, o fenômeno desaparece rapidamente.
REPRODUÇÃO DAS ALGAS
As algas podem se reproduzir de forma assexuada e sexuada.
Reprodução Assexuada
Nas algas, há dois tipos básicos de reprodução assexuada: A reprodução assexuada produz organismos geneticamente idênticos a seu progenitor. Nas algas, essa reprodução pode ocorrer:
Divisão binária: comum nas formas unicelulares, que ocorrem à mitose para efetuar a divisão da célula, significa que, a célula se divide por mitose, originando duas células-ilhas iguais a ela. Ex: diatomáceas, euglenófitas e outras.
Fragmentação: em muitas algas filamentosas, a reprodução ocorre por simples fragmentação do talo. Os fragmentos isolados crescem devido a multiplicação das células que os constituem, originando talos completos. Esta forma de reprodução é frequente em algas com talos muito desenvolvidos.
Zoosporia: comum em algas multicelulares aquáticas. Produzem células flageladas, os zoósporos, que por sua vez, cada zoosporo, dispersando-se pelo meio, nadam até atingir locais favoráveis ao seu desenvolvimento, onde se fixam e originam nova alga. Ex: alga verde do gênero Ulothrix.
Reprodução Sexuada
Na reprodução sexuada existe grande diversidade de formas reprodutivas. Muitas espécies de algas apresentam um ciclo de vida haplodiplobionte, que também acontece em todos os vegetais. Nesse ciclo verifica-se o fenômeno da alternância de gerações. Também ocorre a reprodução sexuada por fusão celular, e conjugação.
Os gametas e os ciclos reprodutivos:
Em muitas algas aquáticas há a produção de gametas que, fundindo-se, originarão zigotos. Esses zigotos, após curto período de dormência, sofrem meiose com produção de quatro células, os zoósporos. Cada uma dessas células originará nova alga, necessariamente haploide. Note que, neste caso temos um ciclo reprodutivo no qual o organismo adulto é haploide.
O nome do ciclo é haplobionte ou haplonte. Na fase de zigoto, ocorre a meiose, denominada zigótica. Alguns denominam como meiose inicial, uma vez que cada célula iniciará a formação de novo organismo adulto.
Já, em outras algas, a geração adulta é diploide e produz gametas por meiose. Na fecundação, do encontro de gametas, surge um zigoto que acaba originando um adulto diploide. O ciclo reprodutivo é diplobionte ou diplonte. A meiose é gamética, pois serviu para formar gametas. Conhecida também por meiose final por que ocorre no fim do período de desenvolvimento do indivíduo adulto diploide.
Ciclo de vida por alternância de gerações da alga verde Ulva lactuca (alface-do-mar).
Formas de reprodução sexuada:
Fusão celular em algas unicelulares: nas Chlamydomonas, por exemplo, cada organismo adulto é haplóide. Dois indivíduos sexualmente maduros fundem–se e originam um zigoto diplóide. Logo após, ocorre uma meiose zigótica, originando 4 indivíduos haplóides. Cada um deles origina um novo organismo, que na maturidade poderá se reproduzir tanto assexuadamente quanto sexuadamente. Ex: alga verde do gênero Chlamydomonas
Conjugação de algas filamentosas: algumas espécies de algas filamentosas que vivem em água doce, relacionadas ás clorofíceas, apresentam células que se diferenciam em gametas masculinos, que atravessam pontes intercelulares, passam para células de outro filamento, diferenciadas em gametas femininos. Ocorre a fusão de dois organismos distintos e como as células desses filamentos são haploides, da fusão entre elas surgem células diploides equivalentes a zigotos. O zigoto se liberta do filamento materno e se multiplica, originando um novo filamento, cuja divisão dá-se por meiose, e cada célula resultante se desenvolverá em um novo filamento haploide. Destaca-se que essa conjugação faz parte do ciclo haplobionte e a meiose do zigoto contribui para o surgimento de variabilidade. Exemplo: Spirogyra – alga verde (são muito comuns em córregos e lagoas de água limpa).
Alternância de gerações: a maioria das algas multicelulares apresentam alternância de gerações, ou seja, em seu ciclo de vida alternam–se gerações de indivíduos haplóides e diplóides. Essa chamada alternância de gerações ou metagênese, em que a fase haploide, o gametófito, produtora de gametas, alterna-se com a fase diploide, o esporófito, produtora de esporos. Então, os gametófitos produzem esporófitos, os quais originam outros gametófitos, o que caracteriza a interdependência entre as fases. Ex: do gênero Ulva - alga verde talosa (as alfaces-do-mar, clorofíceas comuns nas costas litorâneas brasileiras)
Importância ecológica da algas
As algas, somando-se as bactérias fotossintetizantes, formam a base da cadeia nos mares e lagos e, por meio da fotossíntese, as algas captam a energia solar e a em energia química. Após servirem de alimento para outros animais, essa é transferida para eles, assim servindo de sustento para os mesmos.
A quantidade de oxigênio existente hoje é dada graças a atividade fotossintetizante das, bactérias e plantas, sendo as algas responsáveis por quase 90% de tudo isso.
Assim, as algas são fundamentais na biosfera, pois fazem parte da base da cadeia alimentar aquática e realizam a maior parte da fotossíntese do planeta. Muitas também são utilizadas como alimento pelo ser humano, pois apresentam alto teor de proteínas, vitaminas e sais minerais.
Importância econômica das algas
Existem diversas algas que são comestíveis, muito apreciadas pelos orientais e utilizadas para fazer sushi, um alimento utilizado na gastronomia asiática. Além disso, algas vermelhas são extraídas duas substancias, a ágar e a carragenina, que tem aplicações na indústria alimentícia.
Curiosidade
Antes de entrar na classificação do Reino Protoctista, as algas pluricelulares eram classificadas dentro do reino das Plantas, dado a semelhança com as células vegetais. A reclassificação das algas para o Reino Protoctista se deve principalmente ao fato de que, apesar de serem pluricelulares, as algas não possuem tecidos verdadeiros mas como são organismos mais simples e não possuem tecidos organizados, e todas as suas células são semelhantes, apresentando poucas especializações, por isso são também chamadas de talófitas.
PROTOZOÁRIOS
O termo protozoário deriva das palavras em latim proto "primitivo" e zoon "animal", ou seja, animal primitivo (o primeiro de todos).Os protozoários anteriormente classificados no reino animal por serem heterótrofos e por constituir estrutura que fazem seu funcionamento individual, realizando as mesmas funções básicas de um animal, como: respiração, digestão, circulação e excreção. No entanto, por serem unicelulares, alguns taxonomistas criaram o reino protista (protoctista) para reunir esses filos de organismos mais simples. Assim, atualmente os protozoários são agrupados no reino Protoctista e admitem-se a existência de diferentes grupos entre eles, aos quais lhes são conferidos variados status taxonômicos.
Os protozoários são microorganismos, eucariontes (as células desses seres possuem núcleo), unicelulares (formados por uma única célula), embora algumas espécies formem colônias livres ou sésseis. Em geral são heterótrofos (dependem de outros seres vivos para obter alimento), mas existem alguns autótrofos (produzem seu próprio alimento).
A estrutura básica de um protozoário inclui membrana plasmática, vacúolo contrátil, núcleo com carioteca e nucléolo.
Apresentam grande variedade de forma. Com relação ao habitat, em sua grande maioria, são de vida livre, e são encontrados em diferentes ambientes aquáticos, em água doce ou ambiente marinho ou ambiente terrestre úmido. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitas de invertebrados e vertebrados. Eles são organismos microscópicos, mas há espécies de 2 a 3 mm. Algumas encontram-se no interior de outros organismos, espécies que vivem em associação com outros organismos, como é o caso dos parasitas, e causam doenças inclusive nos seres humanos. Assunto que será abordado adiante, no item relativo a doenças causados pelos protozoários.
Muitos fazem parte do plâncton e são fundamentais na cadeia alimentar aquática. Podemos dizer que Plâncton é o conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios, lagos e oceanos, carregados passivamente pelas ondas e correntes.
Para maior compreensão, visualizamos abaixo que no plâncton distinguem-se em dois grupos de organismos:
fitoplâncton: organismo produtores, que são os fotossintetizadores, representados principalmente por dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de sustentação da cadeia alimentar nos mares e lagos. São responsáveis por mais de 90% da fotossíntese no planeta.
zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente por protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.
Os protozoários nutrem-se pela ingestão de alimentos e restos orgânicos de várias origens, presentes no ambiente. Há espécies predadoras e outras que vivem em mutualismo com muitos animais, como as que habitam o intestino de cupins promovendo a digestão de celulose, principal alimento dos insetos. Muitas espécies dão parasitas que se nutrem absorvendo alimentos em solução nos tecidos dos hospedeiros.
A digestão celular dos protozoários ocorre dentro da célula (digestão intracelular), por meio dos e enzimas digestivas. Durante a digestão os nutrientes entram para o e os resíduos são expelidos da célula por meio de clasmocitose, ou exocitose.
Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos. As partículas alimentares são englobadas por pseudópodos ou penetram por uma abertura pré-existente na membrana, o citóstoma.
Já no interior da célula ocorre digestão, e os resíduos sólidos não digeridos são expelidos em qualquer ponto da periferia, por extrusão do vacúolo, ou num ponto determinado da membrana, o citopígio ou citoprocto.
No tocante a respiração, ocorre a troca de gases respiratórios se processa em toda a superfície celular.
Com relação a excreção, os produtos solúveis podem ser eliminados em toda a superfície da célula. Nos protozoários de água doce há um vacúolo contrátil, que recolhe o excesso de água absorvido pela célula, expulsando-a de tempos em tempos por uma contração brusca. O vacúolo é, portanto, osmorregulador.
A classificação desse Reino não é natural, o agrupamento dos indivíduos desse Reino é totalmente artificial.
Classificação dos protozoários
O protozoários são classificados pela forma como se locomovem. De acordo com esta classificação adotada pelos biólogos Amabis Martho, são divididos em seis filos: rizópoda, actinopoda, foraminifera, apicomplexa, zoomastigophora e cliliophora.
Filo Rhizopoda ou Sarcodina (amebas)
São os protozoários que usam prolongamentos do citoplasma, chamados pseudópodes (falsos pés), para locomoção.
Os representantes mais comuns dos sarcodíneos são as amebas, sendo em sua maioria de vida livre e habitando água doce ou no mar. Mas, existem espécies comensais que vivem dentro do corpo humano sem causar prejuízos.
São exemplos a Entamoeba coli que habita o intestino grosso humano, onde obtém abrigo e alimento sem acarretar prejuízo ou benefício para seu hospedeiro. A Entamoeba gengivalis que vive na boca. E também existem as parasitas, como a Entamoeba histolytica que vive no intestino grosso do ser humano do ser humano e provoca a amebíase (desinteria amebiana).
Filo Ciliophora (ciliados)
Os protozoários ciliados se locomovem por meio de filamentos curtos e numerosos, os cílios. O cílios permitem a natação em espécies livre-natantes ou captura de alimento, em espécies sésseis.
A maioria desses organismos tem vida livre. Um caso interessante é a Vorticella, um ciliado séssil em formato de sino invertido com uma haste para se fixar a um substrato.
Outro exemplo de ciliado é o Paramecium. Os paramécios são dióicos, ou seja, possuem sexos separados e se reproduzem de forma sexuada através da conjugação. (ciliados de água doce)
Cada paramécio se divide duas vezes originando um total de 8 novos indivíduos.
Filo Zoomastigophora (flagelados ou mastigóforos)
Engloba os protozoários que apresentam flagelos como estrutura locomotora, que apresenta-se em forma de chicote.
Alguns flagelados são sésseis e usam o flagelo para capturar moléculas de alimento.
Eles podem viver sozinhos ou associados formando colônias. Algumas espécies são parasitas, como:
Trichomonas vaginalis que se aloja na mucosa vaginal provocando doenças na genitália feminina;
Trypanosoma cruzi que causa a doença de Chagas;
Trypanosoma brucei que causa a doença do sono.
Filo Aplicomplexa (apicomplexos ou esporozoários)
Refere-se aos protozoários esporozoários, ou seja, que não possuem meios de locomoção, pois não possuem estrutura locolotora.
São exclusivamente espécies parasitas de seres humanos e de animais vertebrados e invertebrados.
A reprodução desses organismos ocorre através da alternância de gerações sexuada e assexuada e produção de esporos. Isso faz com que muitos esporozoários tenham ciclos de vida mais complexos.
Citamos o exemplo mais conhecido desse grupo, que são os plasmódios causadores da malária. Eles passam por algumas fases dentro do corpo, sendo uma delas chamados de merozoítos, quando se multiplicam dentro dos glóbulos vermelhos, que se rompem liberando parasitos infectando novas células.
Filo Actinopoda (heliozoários e radiolários)
Refere-se aos protozoários que apresentam locomoção por pseudópodes, mas com essa estrutura em formato afilado, que se projetam como raios em volta da célula.
Todos os radiolários são marinhos. Enquanto os heliozoários são marinhos ou de água doce. Alguns apresentam um "endoesqueleto" interno de sílica que torna sua forma bem definida e são comuns no zooplancton marinho.
Filo Foraminifera (foraminíferos)
Engloba os protozoários que se locomovem por psedópodes, e possuem carapaça externa à célula, formada de carbonato de cálcio, rica em perfurações de onde saem finos e delicados pseudópodes.
A maioria vivem no mar, muitas especies flutuam, constituindo parte do plâncton, já outras, vivem sobre algas e animais ou rastejam no fundo. Alguns possuem exoesqueleto de carbonato de cálcio ou formado pela aglutinação de areia, espículas de esponjas ou outros materiais inorgânicos.
Destaca-se que encontrar certos tipos de carapaças de foraminíferos durante as perfurações de prospecção petrolífera, indica a possibilidade da existência de petróleo.
REPRODUÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS
A reprodução dos protozoários podem ser de forma assexuada e sexuada.
Reprodução assexuada é a mais comum, simples e rápida, quando comparada com a reprodução sexuada.
A reprodução assexuada é a que ocorre sem a participação de gametas, ou seja, não há mistura de material genético. Nesse processo, uma célula ou um grupo delas se desprendem do corpo de um ser vivo e dão origem a um novo indivíduo.
Na reprodução assexuada, os indivíduos formados são geneticamente idênticos entre si, clones.
A reprodução assexuada pode ocorrer de duas formas:
Divisão binária: a célula-mãe se divide e origina duas células-filhas;
Divisão múltipla: a célula faz muitas mitoses, forma muitos núcleos que se dividem em células pequenas.
Reprodução sexuada, é realizada pelos paramécios, através de um processo chamado conjugação. Esse processo ocorre quando dois indivíduos se unem e trocam material genético, dando origem a novos protozoários.
Cada indivíduo realiza mitose e produz micronúcleos, que contêm o material genético. Um macho e uma fêmea ficam lado-a-lado e fazem entre si uma ponte citoplasmática, através da qual trocam micronúcleos.
Após a troca, eles se separam e dentro de cada um, os micronúcleos se multiplicam. Em seguida, acontece a fusão dos micronúcleos originais com os recebidos do parceiro.
Algumas espécies também podem apresentar a chamada alternância de gerações.
Importância ecológica e econômica dos protozoários
Os protozoários também são alvos de pesquisa e modelo de estudo para a biologia celular, para descoberta de novas formas de vida, ou até mesmo para desenvolvimento de fármacos. Também estão relacionados com a produção de alimentos naturais.
Os protozoários desempenham importante papel sendo componentes de ecossistemas. Em algumas espécies, há a presença de clorofila, ou sejam, realizam fotossíntese, liberando oxigênio para a atmosfera; outros são alimentos/fonte de energia para animais aquáticos, sendo essas seus principais aspectos ecológicos.
São usados na técnica de DNA recombinante com protozoários para a produção de hormônios.
Os protozoários que são revestidos com carapaças minerais, como os foraminíferos, quando morrem seus corpos se acumulam no fundo do oceano, formando calcarias, contribuindo para formação das rochas sedimentares. E por essa razão, os geólogos que estudam a formação do petróleo analisam os foraminíferos obtidos em perfurações de poços com o objetivo de identificar estratos petrolíferos.
São importantes decompositores, mantendo o ciclo dos carbonos, do nitrogênio, entre outros compostos importantes. Ainda, citamos a importância de modo geral, onde os protozoários apresentam grande importância para os seres humanos e outros animais. Os miilhões encontrados nos oceanos e mares, também servem de alimento para animais marinhos. Além disso, alguns protozoários realizam associações com outros organismos, sendo ambos beneficiados. Essa relação é chamada de mutualismo.
DOENÇAS CAUSADOS PELOS PROTOZOÁRIOS
Existem diversas doenças causadas pelos seres do reino Protista, muitas são transmitidas comumente por conta da falta de saneamento básico e outras por mosquitos. Visando apresentar um item mais completo a respeito dessas doenças, pois é um tema bastante recorrente em provas, e, por tratar-se de pesquisa científica e extensa, citaremos as mais importantes e optamos por sintetizá-las, a seguir.
Amebíase
TRANSMISSÃO
É causada pelo parasita Entamoeba histolytica (literalmente uma ameba) , que entra no organismo através da ingestão de comida e água , contaminada por dejetos humanos, que contém cistos amebianos maduros, ou pelo contato direto com a matéria fecal. Além disso, alimentos crus, como frutas e verduras, podem ser contaminapor vetores mecânicos, como moscas e baratas. Afalta de saneamento bem como a higienização dos alimentos e das ésspas pode colaborar para a infecção da doença.
MORFOLOGIA
Este parasita apresenta poucas formas evolutivas:
trofozoítos: sua forma vegetativa, com o tamanho de 20 a 40 μm, geralmente com 1 núcleo;
cistos: com 8 a 20 μm de diâmetro, com até 4 núcleos e corpos cromatóides em forma de bastonetes;
pré-cistos: fase entre o trofozoíto e o cisto,
metacisto: que no intestino delgado dá origem aos trofozoítos.
BIOLOGIA
Quando é inserido no organismo, permanece no intestino grosso, podendo penetrar, através da circulação sanguínea, a mucosa do rim, do fígado, pulmão e raramente, no cérebro.
CICLO BIOLÓGICO
Possui um ciclo monoxênico, ou seja, apenas um organismo será seu hospedeiro. O início do ciclo se dá pela ingestão de substâncias contaminadas que servem de meio da entradas do parasita. Quando entra no intestino, se locomove até o final do intestino delgado onde ocorre o desincistamento, processo no qual o metacisto é liberado. Começa então a acontecer várias divisões originando assim os trofozoítos, que começam a se dividir por divisao binária e a colonizar o intestino grosso, adorem-se então, a mucosa. Então, os organismos se tornam patogênicos, por motivos ainda não muito bem explicados, e começam a se alimentar das células da mucosa e das hemáceas.
Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal, formam os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos, esperando entrar num organismo de um novo hospedeiro. Os cistos podem permanecer fora de hospedeiro por cerca de 20 dias.
SINTOMAS
Em relação aos sintomas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) propôs a seguinte classificação:
Formas assintomáticas:cerca de 85% são totalmente assintomáticas, só podendo ser diagnosticadas pela presença de cistos nas fezes.
Formas sintomáticas:
Cólicas abdominais
Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional
Gases em excesso
Dor retal durante evacuação (tenesmo)
Perda de peso involuntária
Febre
Sintomas gastroitestinais
.O grupo de risco é composto por crianças de baixa idade, grávidas e desnutridos.
Outros tipos de amebíase são:
Amebíase extraintestinal: é uma forma mais comum na região amazônica. Se dá pela migração dos trofozoítos para outros órgãos, como cérebro, trato genitourinário, pulmões e fígado, sendo essa, a forma mais comum.
Amebíase hepática;
Amebíase cutânea;
Amebíase em outros órgãos;
Complicações do abscesso hepático.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico clínico é incerto, por causa dos sintomas manisfestados serem comuns a várias doenças intestinais. Por isso, fazer o exame de fezes é a principal forma de saber o diagnóstico, observando a presença de cistos e trofozoítos.
PROFILAXIA
Prover saneamento basico para toda a população, orientar as pessoas para uma boa higiene pessoal e alimentícia e lavar bem os alimentos e se possível cose-los. Caso não seja, como no caso das verduras, lavar com agua sanitária.
Leishmaniose
TRANSMISSÃO
Causada pelos flebotomíneos, e, se não tratada pode levar a óbito em 90% dos casos. Sua transmissão no Brasil ocorre a partir da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis, conhecido como mosquito palha. São insetos pequenos de coloração amarelada (cor palha) e em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.
Onde ocorrem no mundo
MORFOLOGIA
Os Parasitas do gênero Leishmania são digenéticos (heteroxenos) e apresentam em seu ciclo de vida apenas duas formas evolutivas: a forma promastigota, que é flagelada e extracelular, e a forma amastigota, que é intracelular e sem movimentos. As promastigotas apresentam corpo alongado, medindo entre 14 e 20mm e flagelo livre. As amastigotas têm corpo ovóide, medindo entre 2,1 e 3,2mm e flagelo interno (Pêssoa & Martins, 19)
Reino: PROTISTA
Sub-reino: PROTOZOA
Filo: SARCOMASTIGOPHORA
Sub-filo: MASTIGOPHORA
Classe: ZOOMASTIGOPHOREA
Ordem: KINETOPLASTIDA
Sub-ordem: TRYPANOSOMATINA
Família: TRYPANOSOMATIDAE
Gênero: Leishmania
Subgêneros: Leishmania e Viannia
Espécies: VÁRIAS
CICLO BIOLÓGICO
O ciclo inicia quando um mosquito suga o sangue de algum organismo infecado, geralmente animais como cães e raposas, e contrai o parasita, este parasita começa a sofrer divisão binaria na forma de amastigotas, ate se transformarem em promastigotas e continuarem se multiplicndo. Assim, tornam-se parasigotas que se transformam novamente em promastigotas infectantes. Desta forma, quando o mosquito infectado pica o ser humano, as formas promastigotas entram no organsnismo e sao fagocitadas pelos macrófagos (células de defesa), se transformando em amastigotas, estes macrófagos se rompem liberando varias formas amastigotas que invadem novos macrófagos, e esse ciclo macrófago-parasita se reinicia.
Raposas (Lycalopex vetulus e Cerdocyon thous) e marsupiais (Didelphis albiventris), têm sido incriminados como reservatórios silvestres. No ambiente urbano, o cão é a principal fonte de infecção para o vetor, podendo desenvolver os sintomas da doença, que são: emagrecimento, queda de pêlos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores, desnutrição, entre outros. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
SINTOMAS
Leishmaniose visceral: A leishmaniose visceral acomete órgão vitais como fígado, baco, hemocitopoético, pulmões e rins medula óssea
febre irregular prolongada
anemia
indisposição
palidez da pele e ou das mucosas
falta de apetite
perda de peso
inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.
- Leishmaniose cutânea: Ha também a leishmaniose cutânea, a mais comum das leishmanioses, que provoca ulceras na pele nas mucosas. Sem tratamento também pode levar a casos graves
DIAGNÓSTICO
Com base em parâmetros clínicos e epidemiológicos, porem, como a Leishmaniose Visceral eh semelhante a doencas linfoproliferativas e com a esquitossimose. Deste modo é muito utilizado os métodos a seguir:
Método clínico: com base nos sintomas e na área cujo o indivíduo habita
Método parasitológico: biopsia ou punção aspirativa de órgãos
Método sorológico e imunológico: através do método ELISA que pode detectar vários anticorpos
O QUE ACONTECE NO ORGANISMO
· Esplenomegalia (aumento do baco)
· Micropoliadenia ( aumento generalizado dos linfonodos)
· Alterações hepáticas - que levam a uma severa desproteinemia- leva a baixos níveis de albumina sérica
· Modifica o tecido hemocitopoético, diminuindo a produção celular e isso interfere no quadro hematológico gerando anemia (devido também a destruição do eritrócitos no baco)
· Glomerulonefrite (inflamação do glomérulo)proliferativa e de nefrite intersticia
PROFILAXIA
-evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;
- fazer dedetização;
- evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;
- utilizar repelentes na pele
- usar mosquiteiros para dormir;
- usar telas protetoras em janelas e portas;
- reservar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.
TRATAMENTO
Doença de chagas
É uma doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. A doença apresenta duas formas: a fase aguda e a fase crônica, em ambas as fases há a possibilidade da pessoa não apresentar sintomas.
TRANSMISSÃO
Vetorial – contato com as fezes dos animais infectados após picada de triatomíneos
Oral- ingestão de alimentos contaminados com parasitos através de tritatomineos infectados
Vertical- na gravidez
Transfusão de sangue e transplante de órgãos
Acidental- contanto de ferimentos com material contaminado durante manipulação em laboratório
Período de incubação
· Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias.
· Transmissão transfusional/transplante – de 30 a 40 dias ou mais.
· Transmissão oral – de 3 a 22 dias.
· Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.Toxoplasmose
SINTOMAS
Fase aguda
· febre prolongada (mais de 7 dias);
· dor de cabeça;
· fraqueza intensa;
· inchaço no rosto e pernas
Fase grave
· problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;
· problemas digestivos, como megacolon e megaesôfago.
DIAGNÓSTICO
Exame de sangue
O QUE ACONTECE NO ORGANISMO
· endema de face ou de membros.
· Exantema ( aparecimento de erupções cutâneas )
· Adenomegalia ( aumento do glÃngio linfático )
· Hepatomegalia ( aumento do fígado )
· Esplenomegalia (aumento do baco)
· Cardiopatia aguda (taquicardia, sinais de insuficiência cardíaca).
· Manifestações hemorrágicas.
· Sinal de Romaña ou chagoma de inoculação.
CICLO BIOLÓGICO
Durante a fase no hospedeiro invertebrado, o T. cruzi se transforma em epimastigotas e então, no intestino posterior, diferenciam em tripomastigotas metacíclicos (um processo conhecido comometaciclogênese) os quais, eliminados pelas fezes e urina do inseto vetor, são capazes de infectar o hospedeiro vertebrado (FIOCRUZ)
O primeiro contato com o hospedeiro vertebrado com o T. cruzi em uma infecção vetorial é com as formas tripomastigotas metacíclicas que são eliminadas pelo inseto vetor e entram em contato com mucosas ou regiões lesadas da pele desses hospedeiros. Estas formas são altamente infectantes, podendo invadir os primeiros tipos celulares que encontram, que podem ser macrófagos, fibroblastos ou células epiteliais, entre outras. Ao invadir estas células usando os mecanismos descritos nos itens abaixo, ocorre proliferação intracelular e liberação de formas tripomastigotas, bem como algumas formas intermediárias e amastigotas (estas últimas em menor proporção) no espaço intercelular. Estas formas podem invadir novas células localizadas no sítio de infecção, mas podem atingir a corrente circulatória e atingir todos os tecidos do hospedeiro, onde vão invadir os mais diferentes tipos celulares. (FIOCRUZ)
PROFILAXIA
Combate ao vetor (barbeiro)
Controle do doador de sangue
TOXOPLASMOSE
MORFOLOGIA
A morfologia do Toxoplasma gondii é variável, dependendo do habitat no qual se encontra ou de seu estágio evolutivo. Em seu ciclo biológico há algumas formas infectantes: taquizoítos, presente na fase aguda da doença; bradizoítos, encontrados na forma crônica da infecção. Diferentemente dos taquizoítos, essas formas se dividem lentamente sua parede o torna bem resistente. Seu tamanho é variável, dependendo da célula que está sendo parasitada e também da quantidade de parasitos dentro; e oocistos, que é a forma resistente fora do hospedeiro, por possuir uma parede dupla. São produzidos no intestino de felinos não imunes e são eliminados ainda imaturos.
CICLO BIOLÓGICO
Seu ciclo é heteroxeno e acontece em duas fases: a assexuada, nos tecidos dos hospedeiros intermediários, se iniciando com a ingestão de oocistos maduros veiculados pela água, alimentos e carne crua ou leite com taquizoítos, que quando conseguem passar pelo estômago se aderem a mucosa intestinal. Cada forma evolutiva que adentra o corpo do hospedeiro passa por um aumento intenso na reprodução intracelular, e então se diferenciam em taquizoítos ao passarem pelo epitélio intestinal e assim está apta a invadir qualquer célula do hospedeiro, que novamente se dividem e formam novos taquizoítos, que rompem as células, são liberados e invadem novas células.
Essa é a fase proliferativa, caracterizando a fase aguda da doença. Alguns parasitos podem evoluir para a forma de cisto, o que caracteriza a fase crônica; e a sexuada ou fase coccidiana, que só acontece no hospedeiro definitivo, nas células do intestino delgado de felídeos jovens não imunes. Enquanto esse ciclo prossegue, a fase assexuada acontece, mas já seguida novamente da sexuada. Assim, um gato jovem infectado por ingestão seja de oocistos, cistos ou taquizoítos terá o ciclo sexuado acontecendo dentro de si, e então após passarem pelo estômago se multiplicam, formando merozoítos, e esse conjunto de células é chamado de meronte. A célula que os abriga se rompe e os libera, esses merozoítos penetram novas células epiteliais e se transformam nos gametas femininos e masculinos, que apos maduros se tornam móveis. Havendo a fecundação dentro das células epiteliais do intestino, o zigoto evolui para a forma de oocisto, que possui uma dupla camada de parede externa, e então a célula se rompe e libera os oocistos imaturos nas fezes. Já no ambiente, ocorrerá a esporogonia, e então os oocistos estarão maduros.
TRANSMISSÃO
Os humanos podem se infectar por 3 vias, sendo a ingestão de oocistos veiculados por água, alimentos e vetores mecânicos; ingestão de carne crua contaminada com cistos; e também transplacentária, forma mais grave de infecção. Havendo formas mais raras como a ingestão de taquizoítos através de lei
te contaminado não pasteurizado, acidente no laboratório, etc.
SINTOMAS
Pode causar a Síndrome de Sabin na doença pré-natal, comprometimento ganglionar com febre alta, coriorretinete (forma de lesão mais frequente da doença) e até mesmo, toxoplasmose sistêmica, na doença pós-natal.
DIAGNÓSTICO
Seu diagnóstico clínico é inconclusivo por apresentar sintomas comuns, devendo ser confirmado com o laboratorial e principalmente por testes sorológicos ou imunológicos.
PROFILAXIA
É difícil medidas profiláticas para esta doença, mas são sugeridos alguns procedimentos, como não comer carne crua, controlar a população de gatos com a castração, manter os gatos em casa e alimentá-los com ração, incinerar as fezes dos gatos, proteger parques com areia para evitar que gatos defequem ali, exame pré-natal em grávidas, tratamento de grávidas, entre outras medidas.
Tricomoníase
MORFOLOGIA
Seja no hospedeiro natural seja em meios de cultura, o Trichomonas vaginalis se apresenta de vários formatos diferentes. Em lâminas coradas para visualização no microscópio seu tamanho é em média de 9,7 μm de comprimento por 7 μm de largura, já quando estão nos organismos vivos ficam cerca de um terço maiores. A única forma evolutiva da espécie é a de trofozoíto.
BIOLOGIA
Tanto a mulher quanto o homem podem ser acometidos pelo T. vaginalis. Quando presente, ele habita o trato geniturinário de ambos, onde ocorre a infecção. Lá eles se reproduzem por divisão binária longitudinal. Ele não sobrevive fora do hospedeiro, visto que não tem uma forma de resistência.
CICLO BIOLÓGICO
TRANSMISSÃO
A tricomoníase é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) que pode passar de um homem ou mulher infectado para seu parceiro. Há autores que defendem que a transmissão também pode ocorrer através do compartilhamento de roupas íntimas, assento de vaso sanitário, roupas de cama e por instrumentos ginecológicos contaminados, mas por não possuir uma forma mais resistente, como trofozoíto ele não resiste muito tempo fora do corpo do hospedeiro, sendo essas outras formas de transmissão mais difíceis de acontecerem.
SINTOMAS
Quando a pessoa está contaminada com o T. vaginalis, a transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV) acaba sendo facilitada; com a mãe contaminada, pode favorecer o nascimento prematuro do bebê e também baixo peso, além de deixar as mulheres com uma predisposição à infertilidade e até câncer cervical.
DIAGNÓSTICO
Para seu diagnóstico não bastam os sinais clínico já que é facilmente confundida com outras DSTs, o laboratorial pode ser feito em homens e mulheres, com material colhido da uretra e vagina, respectivamente. Há também o exame imunológico, pelo ELISA.
PROFILAXIA
Uso de preservativo, evitar relação sexual com pessoas infectadas, fazer tratamento imediato
MIXOMICETOS
Existem muitas controvérsias sobre esse grupo, que foi durante muito tempo classificado no reino fungi por sua semelhança externa com aqueles organismos. Alguns biólogos classificam os mixomicetos no reino Protoctista, enquanto outros consideram que deveriam compor um reino à parte.
Os mixomicetos são organismos que têm aspecto de fungo, e crescem nos solos ricos em nutrientes orgânicos, sendo comuns em bosques e florestas - em solos úmidos e em madeiras em decomposição. Eles não são parasitas, não produzem toxinas, nem são prejudiciais às plantas ou animais, mas quando surgem na água é um forte indício de algum desequilíbrio no ambiente, como excesso de matéria orgânica pois fazem um aumento grandiozo nessa questão.
Os mixomicetos assemelham-se, em certas fases de sua vida, com protozoários, como as amebas, pois conseguem emitir pseudópodes. Isto é possível, pois não apresentam parede celular, apenas uma membrana flexível, o que lhes permite a movimentação. Ao deslizarem sobre o solo, vão englobando diversas partículas orgânicas, além de bactérias e outros fungos.
A reprodução é assexuada, através da produção de zoósporos, ou sexuadamente, através da fusão de determinadas células que formam um zigoto.
Os organismos são diferentes em várias regiões do mundo. As espécies podem ser classificadas como cogumelos inferiores. De uma maneira geral, os mixomicetos são formados por aglomerações gelatinosas. Na natureza, esta planta se apresenta como uma massa de protoplasma multinucleada.
Alguns tipos de mixomicetos podem provocar doenças nos seres humanos. Esta estrutura faz parte da classe Myxomycetes. São,de modo geral, organismos classificados como plantas, mas associados a fungos. A reprodução dos mixomicetos acontece por meio de espórios.
Os mixomicetos também são seres microbívoros, ou seja, eles se alimentam de bactérias e de microrganismos diversos. O organismo é bastante parecido com um fungo.
Eles não são parasitas, não produzem toxinas, nem são prejudiciais às plantas ou animais, mas quando surgem na água é um forte indício de algum desequilíbrio no ambiente, como excesso de matéria orgânica.
HORA DE FIXAR A MATÉRIA
(Enem) A malária é uma doença típica de regiões tropicais. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no final do sécula XX foram registrados mais de 600 mil casos de malária no Brasil, 99% dos casos na região amazônica. Os altos índices de malária nessa região podem ser explicados por várias razões, entre as quais:
a) As características genéticas das populações locais facilitam a transmissão e dificultam o tratamento da doença.
b) A falta de saneamento básico propicia o desenvolvimento do mosquito transmissor da malária os esgotos não tratados.
c) A inexistência de predadores capazes de eliminar o causador e o transmissor em seus focos impede o controle da doença.
d) A temperatura elevada e os altos índices de chuva na floresta equatorial favorecem a proliferação do mosquito transmissor.
e) O Brasil é o único país do mundo que não implementou me
Gabarito: d
(UFPI) Atualmente, biólogos da área de sistemática e evolução dos seres vivos incluem as algas como pertencentes ao reino Protoctista, e não ao reino Vegetal, como tradicionalmente se conhece devido à sua aparência com as plantas. A explicação para se classificar as algas como Protoctista e não como Vegetal está no fato da:
a) ausência de organelas celulares.
b) presença de clorofila como pigmento fotossintetizante.
c) presença de células com parede celulósica.
d) ausência de tecidos e órgãos bem diferenciados.
e) ausência de envoltório nuclear em suas células.
Resposta: d
Questão 01 – (FGV/2017) A taxonomia dos seres vivos denominados de protoctistas é bastante complexa devido à diversidade apresentada pelos seus integrantes e cuja explicação está nas diferentes origens evolutivas existentes dentro desse grupo.
Os seres vivos classificados artificialmente como protoctistas se caracterizam por serem
a) unicelulares, heterótrofos e eucariontes, apenas.
b) uni ou pluricelulares, heterótrofos e eucariontes, apenas.
c) uni ou pluricelulares, autótrofos ou heterótrofos e eucariontes, apenas.
d) uni ou pluricelulares, autótrofos ou heterótrofos e procariontes ou eucariontes.
e) unicelulares, autótrofos ou heterótrofos e procariontes, apenas.
Resposta: c
(Fac. Direito de Sorocaba SP/2016) Existem algumas teorias de classificação dos seres vivos. Entre elas, está a tradicional classificação em cinco reinos e a mais recente classificação em três domínios.
Segue uma simplificação dos agrupamentos dos seres vivos de acordo com as duas diferentes teorias.
Um ser autótrofo e pluricelular poderia pertencer a que reinos e a que domínios?
a) Reino Plantae e domínios Archaea ou Eukarya.
b) Reinos Plantae e Fungi e domínios Bacteria e Eukarya.
c) Reinos Protista, Plantae e Fungi e domínio Eukarya.
d) Reinos Protista ou Plantae e domínios Archaea ou Eukarya.
e) Reinos Protista ou Plantae e domínio Eukarya.
Resposta: e
(PUC RJ/2014) Protistas e bactérias são seres vivos que podem ser classificados em diferentes domínios, pois:
a) protistas se alimentam de bactérias.
b) bactérias não são constituídas de células.
c) protistas têm um núcleo envolto por membranas, do qual as células bacterianas carecem.
d) bactérias decompõem protistas.
e) protistas são fotossintéticos.
Resposta: c
(UFGO) Em relação às algas pode-se afirmar que:
a) são exclusivamente aquáticas, podendo viver em água doce ou salgada; b) entre as cianofíceas existem espécies fixadoras de nitrogênio; c) as feofíceas são em sua maioria unicelulares, embora existam formas coloniais e filamentosas; d) as clorofíceas caracterizam-se por possuírem em seus cromatóforos dois pigmentos de natureza proteica, as icobilinas: ficoeritrina e ficocianina; e) as conhecidas como diatomáceas constituem um grupo de importância econômica, por produzirem grandes quantidades de hidrocoloides.
Gabarito: b
Sobre as algas, é incorreto afirmar:
a) As algas diatomáceas, cianofíceas e clorofíceas são componentes do fitoplâncton. b) São vegetais unicelulares ou pluricelulares, a maioria com plastos em suas células. c) Podem viver no solo, em associações com outras plantas, na água doce ou na água salgada. d) As algas azuis apresentam o pigmento ficocianina, não possuindo, portanto, o pigmento clorofila. e) Nas diversas algas, os cloroplastos podem-se apresentar com formas diferentes.
Gabarito: d
(PUC – CAMP) Qual das características abaixo é comum a algas e fungos?
a) Possuem tecidos vasculares. b) São saprófitas. c) Têm o corpo vegetativo formado por hifas. d) Reproduzem-se por esporos haploides. e) Apresentam clorofila dispersa no citoplasma.
Gabarito: d
(FUVEST) Algas e fungos são semelhantes em muitos aspectos. Uma diferença marcante entre esses grupos, entretanto, é a ocorrência, em apenas um deles, de:
a) parede celular; b) núcleo delimitado por membrana; c) clorofila; d) gametas haploides; e) mitocôndrias.
Gabarito: c
(PUC – RS) Analise as três frases abaixo:
I. As algas verdes podem ser unicelulares, filamentosas ou membranosas, mas todas podem realizar fotossíntese.
II. As algas verdes possuem, além de clorofila a e b, pigmentos outros, tais como carotenos e xantofilas.
III. As algas podem-se reproduzir tanto sexuadamente como assexuadamente.
Estão corretas:
a) apenas I e II b) apenas II e III c) apenas I e III d) todas e) nenhuma
Gabarito: d
Em que se baseia a classificação das algas em verdes, vermelhas e pardas?
Resposta:
Tipo de pigmentação que a alga possui.
O que são algas bentônicas?
Resposta:
Fixas no fundo de uma massa de água (lagoa, lago, oceano)
De onde são retiradas as mucilagens algina e ágar? Qual a importância dessas substâncias?
Resposta:
Algina – algas pardas – Indústria alimentícia, entre outras.
Ágar – algas vermelhas – meio de cultura, entre outras.
(FATEC-2006) Considerando-se os vários tipos de transmissão das doenças, foram feitas as seguintes afirmações:
I. São possíveis de transmissão pelo sangue as seguintes doenças: hepatite, doença de Chagas, malária e AIDS.
II. Hidrofobia (raiva), cólera e poliomielite são transmitidas por animais.
III. Gripe, meningite, gonorreia e amarelão podem ser transmitidas por gotículas de saliva eliminadas pela tosse e pelo espirro.
IV. Dengue, leishmaniose, mal de Chagas e malária são transmitidas por insetos vetores.
V. Sífilis, herpes genital e AIDS são transmissíveis apenas nas relações sexuais.
Pode-se concluir que
a) todas as afirmativas estão corretas.
b) todas as afirmativas estão incorretas.
c) apenas as afirmações I, II, IV e V estão corretas.
d) apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
e) apenas as afirmações I e IV estão corretas.
Resposta: E
4) (UECE-2002) São doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e vermes, respectivamente:
a) AIDS, Hanseníase, Calazar, Amebíase
b) Dengue, Tuberculose, Difteria, Ascaríase.
c) Leptospirose, Cólera, Malária, Teníase.
d) Raiva, Tuberculose, Tricomoníase, Esquistossomose
Resposta: E
(UFF) Considere os seguintes meios de transmissão de doenças:
1- ingestão de cistos eliminados com as fezes humanas; 2- contaminação através de fezes de inseto em lesões na pele; 3- picada por mosquito palha ou Birigui; 4- relações sexuais.
As protozooses correspondentes aos meios de transmissão indicados por 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente
A) amebíase, doença de Chagas, leishmaniose e tricomoníase. B) giardíase, malária, leishmaniose e toxoplasmose. C) toxoplasmose, doença de Chagas, malária e amebíase. D) amebíase, toxoplasmose, leishmaniose e giardíase. E) leishmaniose, malária, doença de Chagas e amebíase.
(UFVJM) Que relação entre a doença, o agente etiológico e o vetor é INCORRETA? A) Doença de Chagas – Trypanosoma cruzi – barbeiro Tryatoma sp. B) Doença do sono – Trypanosoma gambiense – mosca tsé-tsé Glossina sp. C) Disenteria – Entamoeba histolytica – molusco Biomphalaria sp. D) Malária – Plasmodium sp – mosquito Anopheles sp. E) Úlcera de Bauru – Leishmania brasiliensis – mosquito Phlebotomus sp
(UFC) A Doença de Chagas continua causando muitas mortes no Brasil e em países pobres do mundo. O texto a seguir sobre esta doença é hipotético. Leia-o com atenção.
“Um paciente residente na periferia de Fortaleza procurou o posto médico, queixando-se, entre outras coisas, de febre, anemia, cansaço e hipertrofia ganglionar. Após os exames clínico e laboratorial, diagnosticou-se, corretamente, que ele estava com a Doença de Chagas. Ao tomar conhecimento do caso, um professor resolveu discutir o caso com seus alunos, solicitando que eles opinassem sobre que medidas deveriam ser tomadas para controlar a propagação da doença. Os alunos apresentaram cinco sugestões”.
Dentre as sugestões apresentadas pelos alunos, a única inteiramente correta é
A) isolamento do paciente, para evitar o contágio com outras pessoas, pois a doença se propaga também pela inalação do ar contaminado; B) campanha de vacinação em massa, em Fortaleza e por todo o estado do Ceará, para evitar uma epidemia na cidade. C) aplicação de inseticidas em toda a cidade, para eliminação do Aedes aegypti, inseto transmissor do Trypanosoma cruzi, agente causador da doença; D) vacinação de cães e eliminação de cães de rua, pois eles são reservatórios naturais de protozoários do grupo Trypanosoma; E) proteção das portas e janelas com telas, a fim de evitar a entrada do barbeiro, inseto transmissor da doença, nas residências”.
(UFOP) Os arranjos desenvolvidos pela natureza, guardadas as devidas proporções particularidades, repetem-se frequentemente. Comparando um ser pluricelular, como o homem, com um ser unicelular, como o paramécio, correlacione os órgãos do indivíduo pluricelular com os do unicelular que exerçam funções semelhantes:
I. aparelho locomotor II. boca III. cérebro IV. ânus V. estômago VI. coração
a – poro excretor b – vacúolo digestivo c – cílios d – vacúolos contráteis e – citóstoma f – núcleos
A correlação CORRETA é: A) I-c, II-b, III-e, IV-a, V-f, VI-d. B) I-c, II-e, III-f, IV-a, V-b, VI-d. C) I-d, II-c, III-e, IV-a, V-f, VI-b. D) I-d, II-f, III-a, IV-b, V-c, VI-e. E) I-d, II-c, III-f, IV-e, V-b, VI-a.
(Miltom Campos) Enquanto os imunologistas trabalham no sentido de erradicar o protozoário Plasmodium falciparum, agente causador do tipo mais grave de malária humana, um grupo de biólogos moleculares tem procurado descobrir origem desse protozoário. Concluíram que o P. falciparum é um “estranho” entre as outras quatro espécies de protozoários que causam malária ao homem. Essa espécie é responsável por mais de 40% de todos os casos de malária registrados no mundo e por mais de 95% de todas as mortes causada por essa doença.
A conclusão dos biólogos, de ser o Plasmodium falciparum diferente dos demais, se deve a todos os fatos abaixo mencionados, EXCETO
A) O seu hospedeiro transmissor é um Barbeiro e não um mosquito B) Não é estrategicamente correto um parasita matar o seu hospedeiro C) Esse parasita não está completamente adaptado ao hospedeiro humano D) Os seus gametócitos têm a forma diferente dos gametócitos dos outros Plamódios.
(PUC-MG) “Nesse início de ano, um surto de Leishmaniose vem assustando os moradores de alguns bairros da periferia da cidade. Trata-se da leishmaniose visceral ou Calazar, causada por Leishmania donovani, transmitida pela picada de um mosquito do gênero Phlebotomus. A Secretaria Municipal de Saúde tomou providências imediatas buscando identificar cães contaminados, sacrificando-os, e tratando os pacientes humanos infectados.”
A respeito dessa doença, todas as alternativas abaixo são verdadeiras, EXCETO:
A) A leishmaniose é causada por um protozoário. B) Os pacientes são tratados para prevenir que transmitam, através dos mosquitos, a doença para outras pessoas. C) O combate ao mosquito poderia ser uma medida profilática. D) Os cães são sacrificados para evitar que os mosquitos possam neles se contaminar e transmitir o parasito para o homem. E) O artrópodo mencionado é apenas vetor da doença.
(Fagoc/2019 – Medicina) Os foraminíferos são um pequeno grupo de micro-organismos, abundantes nos mares de todo o mundo. Suas células são protegidas por carapaça calcária que pode ter várias pequenas cavidades, todas perfuradas, por onde saem longos e finos pseudópodes (reticulópodes) que capturam seu alimento. Lançam amplamente suas extensas redes de reticulópodes sobre superfícies, tanto na água como nos grãos de areia a procura de alimento. Uma vez que uma diatomácea, bactéria ou outra presa pequena é capturada, esta é transportada ao longo da rede como se fosse uma pessoa transportada em uma escada rolante, seguindo na direção do corpo da célula que espreita como se fosse uma aranha no centro de sua teia à espera do tão suculento alimento. Ao atingir o corpo da célula, a presa é finalmente ingerida por fagocitose.
(Fonte: Infoescola; Petró, Pivel e Coimbra, 2016.)
Os foraminíferos descritos no texto são classificados e caracterizados como:
A) Protistas, autótrofos e eucariotos. B) Moneras, autótrofos e procariotos. C) Protistas, heterótrofos e eucariotos. D) Moneras, heterótrofos e procariotos.
Qual é o agente etiológico da Malária? a) Plasmodium sp. b) Malarium amazonensis c) Trypanosoma cruzi d) Leishmania sp e) Entamoeba coli
O agente etiológico Trypanosoma cruzi é responsável por causar qual doença?
(UFV) Leia o texto: “Fui descoberto em Lassance, Minas Gerais. Vivo transitoriamente no intestino de um hemíptero, meu hospedeiro intermediário, que se alimenta de sangue e como possui o intestino muito curto, normalmente evacua após alimentar-se. Eventualmente, com a colaboração de minha própria vítima, penetro nos tecidos de meu hospedeiro vertebrado definitivo”.
Responda: a) Qual é meu nome específico? b) Após penetrar no tecido subcutâneo e atingir a corrente sanguínea do hospedeiro definitivo, onde mais frequentemente me instalo? c) Sou causador de graves lesões no homem. Qual é uma delas? d) Qual é o nome da doença causada por mim e que atinge cerca de dez (10) milhões de brasileiros? e) Qual é uma das maneiras de não se contagiar comigo?
Fontes:
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia 2 - Biologia dos Organismos: 4ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2018
Tortora, Gerard J.; Berdell R. Funke, Christine L. Case Microbiologia [recurso eletrônico]; tradução: Aristóbolo; Mendes da Silva ... [et al.] ; revisão técnica: Flávio Guimarães da Fonseca. – 10. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2012.
BOSCHILIA, C. Manual Compacto de Biologia: 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel, 2010
site: susanaelias.com.br
segundocientista.blogspot.com/2016/04/reino-protoctista.html
https://www.coladaweb.com/biologia/botanica/algas (conteúdo e figura)
https://www.vestibulandoweb.com.br/educacao/biologia/questoes-reino-protista/ (gabarito de alguns exercícios)
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